Quanto mais conheço, mais descubro o quão nada sei. Mas é bem verdade que, a mente que se abre para o conhecimento nunca mais retorna ao que era antes. Felizmente, ou não.

Como outrora adormeceu...

Minha foto
Subjetividade não é uma pergunta que se lança como qual é seu nome; é uma pergunta que se lança sobre quem é você. Ao passo que sua percepção aumenta, diminuem suas respostas para a última pergunta. Desta forma não cabe a mim dizer o que lhes será encontrado, cabe-me humildimente apenas assentar de que forma encontrei-me aqui.

domingo, 24 de março de 2013

À causa nobre,
à causa rica, mas do pobre.
À força bruta,
aguda no seu grito de misericórdia.
À elegância da força,
tanto quanto o curvar de uma rosa
saúda a vida.
De servos à escravos.
Toda força vem do povo
E essa força é força viva.
De negros à aurora,
semblante da vitória.
Enegrecer da vitória.
A guerra é que esfolia
Tira o couro e revigora:
A vontade de lutar.
De veia aberta e ferida fresca
de gota em gota até secar
cada gota de veneno
euro-branco-euro-burguês-euro-negro
No Brasil nêgo é tudo pobre.
Quer dizer que vieram de nobres.
Nobres reis da banda de lá.
Mais aqui são só mais uns números
pro capitalismo esmagar.
Capitalismo, como um trator derruba tudo
"neguinho pobre sai pra lá,
vai limpar esse lixo que eu causei
antes que eu te limpe de lá"
Na realidade de um mundo invisível,
em que as histórias se bifurcam,
e os argumentos de confundem.
Não se sabe mais para onde ir, nem mesmo o que fazer.
O individualismo se infiltra na coletividade e divide, separa e exclui.
A natureza humana é então submetida a natureza do dinheiro e da ganância.
Capitalista, Socialista? Antes de tudo humana, pela piedade e compaixão pelo irmão que sofre
nas ruelas sujas de ruas escuras, claras, vazias de tão cheias.
O tempo acelerado não permite mais visualizar que
o objetivo de cumprir o dia está intimamente ligado ao outro dia,
e que estes dias conectados, objetivados e planejado devem ser oferecidos
para um bem maior, mesmo que não se saiba o que é.
Não há sentido cumprir
uma trajetória individual que te limite a manter estático tudo
que sempre foi,desde que você nasceu.
Revolução muda, inquietações cegas não faz mudar,
mas ao menos talvez faça acordar,
retirando o véu ou a mordaça, para se permitir gritas.
As vezes acho que estou enlouquecendo.
Mas se estou agora, queria ver algum registro de quando eu era sã.
Acho que prefiro ser assim.
Depois de ver tanta gente morrendo, tantas guerras,
tanta fome e tanto desespero, sofri muito.
Depois de sentir tanta solidão. Depois de ter ouvido tantas versões sobre o que é ser normal,
eu me confundi.
Manter-me a parte me frustra.
Acomodar-me com o barulho no mundo me frustra.
Porque talvez, e só talvez, eu seja louco.

(Um momento, que passou, que estava guardado em papel, em folha de papel de caderno, e que agora vem pra cá)

Mas as coisas são mesmo assim,
rápidas e passageiras,
e esta dor, que a nada se assemelha
não sabe mais porque de dor,
não sabe mais do que sente saudade,
e não sabe mais se gostaria de ter de volta.
A angústia de um tempo que não volta mais.
Quanta coisa se deixou pra trás,.
Eu deixei passar, você deixou passar, ambos.
Mas é a vida é mesmo assim,
quanta coisa me fez crescer,
por quantas coisas tive que passar para concluir isto agora?
Poderia ter concluído antes?
Será que hoje eu consigo ao menos lembrar
ao menos, todas àquelas coisas terríveis as quais achei que não iria suportar?
E daquelas coisas que eu quis guardar pra sempre,
para ter sempre do que rir, se alegrar?
Isso tem algum sentido?
Mas se tudo é mesmo assim, se
constrói e se desconstrói em menos de um segundo,
porque me prendo àquilo que já não vivo mais?
Eu não vou tentar entender o que não sou capaz,
sentir me faz lembrar que estou viva,
sentir as lágrimas escorrendo a face
me faz saber que somente naquele instante eu estou assim,
me faz lembrar que em outros momentos porém, eu sorri.
O que me faz entender que a dor não é perpétua.
E a felicidade também não.
Porque se fosse, a dor não seria dor, seria ilusão.
Da mesma forma que, se o amor não se tornasse ilusão não se tornaria dor.
Mas amor é dor que não se sente.
Eu fico com a beleza das lembranças que eu sinto.
Lembranças que talvez nunca tenham acontecido.
Afinal é somente a pintura da imagem que faz a lembrança ser o que é.

(Pessoal demais: Perdão.)

Juca, Pereira, Zeca e Teixeira,
tudo se renova sob o pé de macaxeira,
enquanto houver sol, haverá conversa,
porque o futebol já cansou.
Conversas soltas e risadas paralelas.
Brincadeiras na espera de um novo acordar,.
Enquanto se distancia, as palavras
as palavras elas mudam de lugar.
Porque todo dia é dia,
e hoje é dia de cantar.
Perder é pior do que não ter.
Por isso, não se pode perder, e sim ganhar algo diferente.
Mudança não é uma meta, mas um estágio permanente, se, o agora não agrada, o futuro não será diferente porque a força do tempo move o que quer ser movido. Aliás o tempo, por falar no tempo. Que passa para todos, só não para os imortais.
E em todas as fotos eu, sai sorrindo atoa.
Guardo a hora de chegar, mas sempre descontente.
Bem-estar, agora no mungido.
Quem dirá, o tempo tranquiliza sua fé.
Quanto verbo em pouco estar.
Voa pássaro do mar,
pra outro expoente,
quero carregar à par, no vão dessa corrente.
Mergulhar na arte de estar de pé.
E frequentar o cheiro que ficou em mim.
A fascinação da vida é linda demais,
e o amor é o que há de mais belo nela, pena não saber amar.
Ninguém ama errado, todo mundo tenta,
o amor não é uma necessidade,
é a plenitude da felicidade,
não é complemento do ser, é a doação deste,
não se ama sem conhecer-te a si próprio,
porque não se doa o que não tem, nem se sente o que não se vive.
Dorme, deitada em berço esplêndido, ela. Que tanto enganou quem a deu crédito, quem a pensou seguir; quem creditou-lhe a confiança de fazer mudar. Ela que teve tantos nomes mortos para sua perpetuação; para fazer acordar quem dormia, agora ela quem dorme. Óh doce, você que tanto pouco muit fez, óh preciosa conquista de árduo pensar, preciosa fonte de racionalizar o iludir; luz de lanterna na estrada escura, agora só a lua poderá nos amparar; dispensada e desprezada sei que fostes, mas que fique sua memória no nome de alguns, que um dia, você acorde deste sono profundo, e que não seja tarde demais para que eu a tenha esquecido.

À minha consciência,

ass: Juventude.
A eloquência é perigosa.
O discurso bem pronunciado, articulado e formulado, tende a convencer, tende a adequar o pensamento no formato de bolo.
Presos nesta terra de
imageticamente determinados.
Entregues nesta selva,
de águias, morte e sangue,
não somos filhos de Hollywood
nem no que a história vê.
Busco a luz da lua
que minha noite expande.
Pra me envaidecer do deslumbre de poder ser alguém.
Nasci em berço de puro ouro,
mas cortaram o umbilical cedo demais,
e da cabeça baixa consigo
no máximo fazer suor em pão.
De tão preto, me fiz carvão.
Ascender como a luz de um fósforo,
e ver novembro estrelar em meu peito,
sorrir Zumbi nos olhos dessa nossa gente.
Lutar, ter King em nossos passos, negro.
Enegrecer...

quarta-feira, 20 de março de 2013

Um poema meu, seu, e talvez nosso.
Desabrocho em palavras todo meu pesar.
Do fim dessa mistura de desejo, carinho,
amizade, divergências, que se fazia sobre
o plano de fundo da infância, das picuinhas de criança.
Mas as mentiras foram maiores que tudo,
que o próprio tempo que conseguimos sustentá-la.
E a falta de afeto é sempre um pesar,
e tentar negar, é sempre uma mentira dolorosa demais.
Um poema seu, meu e talvez nosso,
da minha tímica vocação para tal,
da minha desistência, do fim.

terça-feira, 19 de março de 2013

A poesia e a guerra,
a vida e ira.
O que é maior?
O pão ou o açúcar,
o vermelho ou a ilusão,
O que é melhor?
A musicalidade do fato
em condensação.
E será que misturando as coisas
acabo com o nó?
A poesia na guerra,
a ira na vida.
A vida na poesia,
A guerra na ira.
O poder da palavra
provado nos ditos desta selva.
A vida parece verdade
quando esquecemos de
sonhar.

sábado, 2 de março de 2013

Liberdade há mais de uma semana.
De uma mente presa em ansiedades vãs.
De uma vida imersa em necessidades rasas
e de um coração escudado por preconceitos mórbidos.
Liverdade, sem saudade.
Depois de tantas milhas que minha mente andou.
Liberdade, sem saudade e leve:
Dos disfarces pesados que meu corpo deixou.
Da apatia amarela da minha cara.
Cara-a-cara eu te digo
o que hoje eu sou.
Eu não busco mais definição.
Na selva de pedra ser livre é não ser são.
Na estrada pobre, eu descobri
a magia de um coração.
Nunca serei luz enquanto te ver sombra.
E nunca serei sombra enquanto te ver luz.
Colorir ensolarar o que não resisti.
E libertar no mar todo rancor em mim.
Idolatria.
Estragou.
O que tudo um dia se consertou.
Falsidade, não é amor.
Previsão.
Solidão.
Dia que soube escrever em vão.
Mocidade. Sinceridade.
Cresço e não sei os números da minha idade.
"É mão dupla!"- Me disseram.
Mas ainda sim não ando em paralelo.
É lógico, mas é mistério.
Entender que um dia vivi num castelo.
Mas a mesma casa com muito esmero,
se transformou em redemoinho interno.
É que eu dava bom dia ao dia
e nem sabia que era idolatria.
Idolatria.
Estragou...