Quanto mais conheço, mais descubro o quão nada sei. Mas é bem verdade que, a mente que se abre para o conhecimento nunca mais retorna ao que era antes. Felizmente, ou não.

Como outrora adormeceu...

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Subjetividade não é uma pergunta que se lança como qual é seu nome; é uma pergunta que se lança sobre quem é você. Ao passo que sua percepção aumenta, diminuem suas respostas para a última pergunta. Desta forma não cabe a mim dizer o que lhes será encontrado, cabe-me humildimente apenas assentar de que forma encontrei-me aqui.

sábado, 30 de abril de 2011

Passa pela noite da rua, e lembra- se da sua infância. Da juventudo modesta, das travessuras espertas.. Quanto tempo faz velho amigo tempo. Põe as mãos nos bolsos, o ar frio enche seus pulmões de nostalgia e de suavidade. Um espírito sereno é um espírito em equilíbrio, e ele sabe disso. Hoje ele tem 65 anos, ontem ele teve mais ou menos, depende da época que você falar. Ele não é velho, ele apenas conseguiu ser jovem demais. O que ele quer falar nesse momento não o diz por palavras, mas não é apenas deste momento. Se ele pudesse voltar no tempo, ele tiraria uma fotografia de cada momento que ele gostaria te lhe mostrar agora. Ou quissá gravar o som de cada manhã. Porque. Porque simplesmente tudo sempre é tão lindo e tão novo que deixar dispediçar esses singelos segundos é um abuso. Ao tropeçar na pedra, viu-se esmagado pelo enorme peso do tempo que já carregou, pensou ser um sinal desse peso, o sinal da queda. Talvez porque sua ingenuidade tola o fez cegar da verdade de que a pedra era somente uma pedra. E que a vida não lhe mostraria nenhum sinal de derrota, a não ser sua própria mente. Enquanto um velho amigo jovem, ele deseja que sejais felizes.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Andam sussurrando nas espreitas, palavras suspeitas que não me convencem e me incompreendem. Queria escrever uma lição de vida, mas não me sinto à vontade. Afinal, quem é quem pra ensinar algo? Me sinto bêbada de teorias, me embriaguei de histórias. Você uma hora descobre que seus ídolos te traiam, ou que eles eram qualquer pessoa, menos uma pessoa real. Ou pior que isso, os palhaços do circo fazem malabarismos que te convencem, e você se decepciona e se sente anestesiado. O homem cria um norte por não saber que esse norte se encontra em si próprio, e procura princípios, procura a fundamentação desses princípios nos diálogos de outro alguém, e porque este alguém, explica apenas uma parte de sua ânsia, ele tende a incorporar novos princípios velhos e adotá-los como sobrenome. O que leva a crer na legimitidade de um escritor de escritório, e não na veracidade dos poetas de rua? Que vê a vida de frente encara-a aos olhos, e carrega seu sistema nas costas? O que faz não pensar nisso; qual a dose dessa droga, e qual o tempo de duração do efeito comático. Fugir dessa generalização louca, enfraquecedora, não colocar óculos estreitos aos olhos, não se referenciar, guiar-se a si próprio, afinal, não é em vão sua capacidade de pensar.

domingo, 10 de abril de 2011

Estamos sozinhos mesmo com muita gente em volta. A solidão se alastra, por mais que fujamos dela. O silêncio pesa a ponto de dobra-lhe os joelhos. Corcundas nós somos. Sentir frio quando faz calor, estar escuro quando é dia, estar triste quando se é feliz. Paradoxos incompreensíveis, mas altamente sentidos.
Desculpas pelas palavras incisivas, é válido.
O sentido de um momento, não pode ser esquecido. Banalizar.
O que te faz sentir pesar; será que saberia explicar; será.
Entender o que não se vive é o mesmo que sentir o que não existe. Não existe.
Os caminhos se confundem, e o sentido se direciona para o chão. Pois olhos se remetem ao chão, a cabeça baixa.
Queria falar de flores, mas elas não me remetem o momento.
Que o silêncio fale por si só, tudo o que ele não tem pra falar, mas é tudo que se precisa ouvir. Todo o espaço pra se expor. É tudo, e não é pouco. Bom silêncio.