Quanto mais conheço, mais descubro o quão nada sei. Mas é bem verdade que, a mente que se abre para o conhecimento nunca mais retorna ao que era antes. Felizmente, ou não.

Como outrora adormeceu...

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Subjetividade não é uma pergunta que se lança como qual é seu nome; é uma pergunta que se lança sobre quem é você. Ao passo que sua percepção aumenta, diminuem suas respostas para a última pergunta. Desta forma não cabe a mim dizer o que lhes será encontrado, cabe-me humildimente apenas assentar de que forma encontrei-me aqui.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

"Calma e tranquilidade que a luz da tua alma te guiará, será seu sonho o seu caminho. Pois, você vencerá. As pessoas tem limitações que devem superar, a fortaleza se edifica com a sensibilidade de teu ser. Mentaliza teu progresso e sente invadir em ti a serenidade plena. Convida-te a si mesmo a olhar o que ainda não viste e ser quem ainda não foi." - Inspiração Mediúnica.

Foi como um susto,
Quando eu descobri o que sou.
Sou um ser humano com asas,
Nasci com elas.
E não adianta cortá-las,
São como membros de uma estrela-do-mar, que crescem ininterruptamente.
Eu tenho asas e por isso voou.
Vôo, vou.
Nunca entendi e sempre me inquietei com a minha inquietude.
Nunca satisfeita, nunca condizente, nunca aceitei.
Nunca parada, nunca no rebanho, nunca acertei.
E por que todo mundo bem,
Todo mundo encaixado, encaminhado,
Mais ou menos feliz,
Sem pensar, apenas seguindo,
De qualquer maneira, todo mundo se satisfez.
Eu não, então por que?
Porque o ser humano com asas migra a cada período,
Como um beija-flor entre as flores, um pássaro,
Como o sonho.
Isso não quer dizer que estou certa,
Não quer dizer que estou errada,
Quer dizer que eu sou assim.
Quer dizer que essas conclusões são produto da minha descoberta.
Quer dizer que preciso melhorar,
Para extrair de cada momento valores bons, e doar de mim, algo que progrida.
Eu sou um ser humano com asas, e na verdade, não quero mudar.
Estarei sempre esperando mais uma etapa do meu vôo,
Nunca sei quando será, é só o tempo das vistas alcançarem novos horizontes.
Eu nunca sei o tamanho do vôo, a altitude, a longitude,
Até hoje eu soube o caminho e em quanto tempo faria a volta.
Até hoje.
O próximo vôo, eu já não sei, porque nunca sei.
Estive por muito confusa com minha anatomia diferenciada, as asas.
E tive medo que a confusão me paralisasse.
Medo que por não saber o que fazer, não fizesse nada,
Ou deixasse ser levada pela vida simplesmente pra qualquer lugar.
Nunca quis ir pra qualquer lugar.
Por isso hoje, a única confusão que pode me pairar, é pra onde vou agora,
Pra onde e quando lançar-me-ei novamente,
Porque foi me perdendo no mundo de tantas possibilidades, dentro da minha mente,
Que eu pude enfim, me encontrar.

sábado, 15 de dezembro de 2012

E é de supetão que eu descubro que as desconstruções são inevitáveis, inalienáveis, e vitais.
Eu procuro um romance que traga em seu coração a pulsação da revolução, a coragem em seus passos, a ternura no olhar, a firmeza nas mãos, a companhia no abraço. Eu procure um romance que não existe, por isso é um romance.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

e se as respostas estiverem nas sombras?
como um líquido no funil a esperança pela humanidade se esvai,
e todas as tentativas de reter a vazão são iniciativas de impedi-la com uma peneira.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Dias sim, dias não
procuro um elevador ao meio furacão
Pra me elevar ao que me regressa.
Plavras frias são cheias de passado.
E as maravilhas me tem um escasso
Peso de gota, de orvalho de uma folha.
Meu querer, que hoje é, mais que um semblante de uma reflexão
agora de assusta e se detém, por toda sua força.
Sua covardia flui pelo meu ralo.
E o seu medo nunca foi o lado
mais forte da história, de uma velha oratória.
Buscar a vida numa escola, não é novidade, sempre é bom, renova.
Só que agora, a geração se desenrola.
Querer para em cada pé de esquina, não é meu forte e não será minha sina.
A vida é uma estrada,
sinuosa, honesta e larga.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

somos instantes
distantes por segundos
detentos em horas
que padecem em palavras
e disfaz somente em lágrimas quando era pra demorar
somos instantes
de espera, calma e alma
instante de um minuto de pausa
e da uma mistura de um nevoar
de um raio de sol das 5 e meia,
da brisa, da poeira que o carro levantou,
quando passou em um instante.
Somos constantes, instantes constantes,
e me consta que a mudança nunca tarda a nos constatar.
E esperamos como na beira de um rio,
uma folha que caiu numa árvore lá atrás,
pegar aquela folha, agarrar aquele tempo,
porque o tempo não volta jamais.
E só demora um instante.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012



Eu não acredito mais em paixão,
Porque meus amores foram em vão.
Eu quis, construir uma história.
Mas acabou antes do fim.
Antes um motivo real, palpável pra eu justificar aos meus amigos,
E mesmo pra mim.
E foi tudo em vão. Eu não acredito em paixão.
Se era pra durar tão pouco, não devia ter começado.
E mais uma vez se foi,
Tudo está igual a antes. Não sinto nem um pouco peso da mudança.
Talvez seja o costume do vem e vai, não me assusta mais.
Eu nunca mais acreditei em palavras,
Essa tarde parece noite, quero que chegue o dia.
Mas não sinto saudades

domingo, 5 de agosto de 2012

Eu do meu jeito frio
eu do meu jeito calada
eu te amava.
Antes, eu estava longe dos teus olhos,
hoje estou longe do seu coração.
Por que isso aconteceu?
Sinto sua falta, mas não é eterna.
Nao pude sentir de ti,
nem o gosto do reencontro.
Se apagarmos a superfície,
o que fica?
Eu te quis do meu lado,
e hoje quero vomitar todas as borboletas do estômago.
É uma avalanche,
é uma avalanche.
Foi forte o impulso da dor,
mais vou suportar,
como tudo na vida suportei.
O problema não é você, sou eu,
isso serve pra você e pra mim.
A culpa não é sua, eu sei,
é minha, não, você não faz nada de errado.
Eu que o fiz, meu amor nunca existiu,
porque você é um babaca.
Talvez eu seja fria, e é possível que sim.
Mas é que cada amargura enterrou um pouco meu coração.
Mas você não foi o primeiro, não será o último e muito menos o único.
Não foi o que mais amei, o que primeiro amei, o que por último amei,
mas amei.
Não se mede o amor por ml de lágrimas derramadas, por horas que se perdeu pensando, lembrando.
A dor é geralmente invisível, transparente, imperceptível.
Se quero chorar, tenho a noite
Se quero pensar
E aí meu irmão, negritude só de nome,
no aperto de esconde, e deixa pra lá?
Não tente, Não tente,
Não tente desvituar,
Eu nasci para lutar
E não para me humilhar.
Pelo nome, a honra,
De Zumbi dos Palmares,
De Nelson Mandela.
E dequem mais for da luta.
Sou negro, sou podre,
Visível só na hora de lapitar,
O outro, as jóias,
tudo que te ostenta
Produzindo violência na hora de partilhar.
Pra ti só os banquetes,
Mas na hora do piquete,
esse luxa vai rodar.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Quero só te lembrar
que uma vez fui eu quem  nasci,
que descidiam por mim, que não sabia pra onde ir
Daí acordei um dia sabendo que ninguém mais podia dizer pra onde eu ir,
que ninguém mais sabia ao certo na verdade, o que dizer,
que cabia somente a mim, e somente a mim, dizer o destino que iria seguir.
Esperamos tanto por esse dia, que não percebemos que só esperamos a espera,
que somente gostamos e cultivamos a espera.
Não que seja um erro, só falta de preparo.
A pasagem é mais difícil do que me diziam.
Mas, verdade, é melhor também. Só é conflitante.
O tempo é na verdade um carregar, descarregar, recarregar constante de cargas que as vezes mudam de rotação, se chocam. Choca.
Espelho, você foi surpreendido.
Por mim, que do outro lado cresci sem me dar conta.
Que aprendi sem ter consciência, que sou, mais do que penso que sou,
mais do que me mostra que sou,
que não sabe o que fazer com todas essas possibilidades,
e que não pode voltar atrás pra que digam novamento o que vai ser,
porque simplesmente porque, uma mente que se expande,
não se contrái. 

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Da sua janela pode ver a lua?
tão rasa, tão clara, tão Lara, tão Clara,
o seu rosto ainda consegue sentir esse brilho?
O brilho da luz,
um dia menos brilho que um sorriso sol.
Lembra da lua?
De um dia alegre, de uma tarde sem fim
de uma noite longa, de uma noite menina, menino, criança.
Nem calor nem frio, apenas o aconchego desse abraço de raios;
Já viu a lua hoje? Não sei se ainda chega na janela pra olhar pro céu,
mas é que lembrei de você.
Ela assim minguante, ela assim pequena,
lua assim bonita, lua assim tranquila
faz o desenho do seu rosto nos meu olhos.
Que bom o rosto na janela.
Tão perto e tão longe, como agora,
como sempre.
A lua é para a noite, para a brisa, para o sonho.
Amanhã é outra lua, de outro jeito, do mesmo rosto, ou não.
Desejaria essa lua hoje crescente em teu peito, desajeito amor.